
Num canto escuro, Desnuda e Faminta estava Alice, aos prantos. Não parava de chorar seu choro soava incessantemente aos quatro cantos até as pedras tão distantes a ouviam.
João com seu coração tão nobre de uma bondade tamanha quando a viu com aquele rosto meigo e um jeito dócil, que embora aparentasse tristeza transmitia tranqüilidade e confiança a acolheu vestiu-a e alimentou de amor e comida, pobre João. Alice estava faminta de outras coisas... Pouco a pouco foi tomando dele o que lhe dava fome e a deixava forte: o prazer de ver alguém implorar por piedade.
Foi alimentando-o com o que tinha em grande quantidade gotinhas de desprezo poupa de ganância e um uma xícara de ódio, lentamente ele foi definhando-se e aos poucos tornando-se parecido com o que ele virá há tempos atrás, dias depois estava ali... Num canto escuro desnudo e faminto posto ao declínio... E mesmo assim lembrou-se de quando era bom e generoso, segurou seu choro e decidiu que não iria ser uma Alice, quando ela passara por ele demonstrando vigor saúde e apatia que construirá após ter-lhes tirado a bondade, sentirá vontade de fazer o mesmo, ao menos era garantia de que viveria mais. E mesmo assim não balbuciou...
Moral da historia, cuidado com as Alice’s, elas podem estar bem perto de você, tenha medo dos rostinhos meigos e jeitinhos dóceis, os que aparentam ser mais rudes, ao menos já o deixam preparados para o que possa vir, os dóceis não, fazem você confiar até demais.